primeira entra em crise na década de 70. A década de 80,
embora, na prática, se apresente como uma grande resistência
ao planejamento, contém os mais efetivos anos em termos da
compreensão da necessidade, do estudo, do esclarecimento e
da confirmação desta ferramenta.” (Gandin, 2008, p.05)
A citação demonstra a dimensão da necessidade de se compreender a importância
do ato de planejar, não apenas no nosso dia-a-dia, mas principalmente, no dia-a-dia
de sala de aula.
Para Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples
mas que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o
planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno.
O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações.
Gandin (2008, p.01) sugere que se pense no planejamento como uma ferramenta
para dar eficiência à ação humana, ou seja, deve ser utilizado para a organização
na tomada de decisões e para melhor entender isto precisa-se compreender alguns
conceitos, tais como: planejar, planejamento e planos que segundo Menegolla &
Sant’Anna (2001, p.38) “são palavras sofisticadamente pedagógicas e que “rolam”
de boca em boca, no dia-a-dia da vida escolar.” Porém, para Padilha (2003, p. 29),
estes termos têm sido compreendidos de muitas maneiras. Dentre elas destaca-se:54 ATHENA • Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008
3.1 Planejamento:
“É um instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as
prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos
e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação.” (MENEGOLLA &
SANT’ANNA, 2001, p.40)
3.2 Plano Nacional de Educação:
“Nele se reflete a política educacional de um povo, num determinado momento histórico do país. É o de maior abrangência porque interfere nos planejamentos feitos no nível nacional,
estadual e municipal.” (MEC, 2006, p. 31)
3.3 Plano de Curso:
“O plano de curso é a sistematização da proposta geral de
trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área
de estudo, numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral,
dependendo da modalidade em que a disciplina é oferecida.”
(VASCONCELLOS, 1995, p.117 in Padilha, 2003, p.41)
3.4 Plano de Aula:
“É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) É a sistematização de todas as atividades que
se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o
aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.”
(PILETTI, 2001, p.73)
3.5 Plano de Ensino:
“É a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no
qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico.” (LIBÂNEO, 1994, p.222)ATHENA • Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008 55
3.6 Projeto Político Pedagógico:
“É o planejamento geral que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta
pedagógica da instituição. É um processo de organização e
coordenação da ação dos professores. Ele articula a atividade
escolar e o contexto social da escola. É o planejamento que
define os fins do trabalho pedagógico.” (MEC, 2006, p.42)
Os conceitos apresentados têm por objetivo mostrar para o professor a importância, a funcionalidade e principalmente a relação íntima existente entre essas tipologias. Segundo Fusari (2008, p.45), “Apesar de os educadores em geral utilizarem,
no cotidiano do trabalho, os termos “planejamento” e “plano” como sinônimos, estes
não o são.” Outro aspecto importante, segundo Schmitz (2000, p.108) é que “as denominações variam muito. Basta que fique claro o que se entende por cada um desses
planos e como se caracterizam.” O que se faz necessário é estar consciente que:
“Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada.
O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E
sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma
atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito
sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o
seu nível.” (SCHMITZ, 2000, p.101
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